Star Trek: Prodigy - Segunda temporada


A segunda temporada de Star Trek: Prodigy chegou à Netflix em 1º de julho de 2024, trazendo de volta a empolgação de ver a jovem tripulação em novas aventuras. No entanto, não posso deixar de sentir que, apesar de alguns momentos interessantes, esta temporada acabou sendo mais longa do que deveria. Em certos episódios, a trama avançou tão pouco que ficou difícil manter o entusiasmo, tornando a experiência um pouco cansativa.

Além disso, devo admitir que viagens no tempo nunca foram o meu recurso favorito em narrativas. Quando usadas de forma descuidada, elas podem complicar a história desnecessariamente, e foi exatamente essa sensação que tive em vários momentos desta temporada. A confusão em torno de paradoxos e reviravoltas temporais muitas vezes desviou o foco do que realmente importa: os personagens e suas jornadas emocionais.

Falando nos personagens, há pontos positivos, como a presença contínua de Janeway e Chakotay, que seguem como pilares sólidos na narrativa. Eles foram bem integrados desde o início da série, e seu retorno nesta temporada continua a agregar valor. Por outro lado, senti falta de um aprofundamento maior nas culturas e histórias dos personagens principais, como Gwyn e Rok. Enquanto isso, episódios focados em figuras menos importantes do universo Star Trek pareceram um desperdício de tempo e potencial.

Outro aspecto que me decepcionou foi a decisão de integrar a tripulação à Federação logo no começo da temporada. A dinâmica de um grupo independente, mas comprometido com os ideais da Frota Estelar, era algo que achei fascinante na primeira temporada. Abandonar isso tão cedo foi uma escolha que, na minha opinião, enfraqueceu a narrativa.

Ainda assim, reconheço que a série mantém seu charme leve e aventureiro. Há momentos de nostalgia que certamente agradam aos fãs mais antigos, embora, para mim, o excesso de fan service tenha sido um problema. A aparição do Doutor, por exemplo, foi empolgante à primeira vista, mas acabou sendo pouco relevante para a história.

Se eu tivesse que comparar, diria que a primeira temporada continua sendo a melhor. Ela conseguiu equilibrar melhor o ritmo, explorar seus personagens de forma mais significativa e evitou cair em excessos como os desta temporada. Apesar disso, Star Trek: Prodigy ainda tem seu valor e certamente encontrará um público que aprecie sua abordagem mais descontraída.

No geral, a segunda temporada teve seus momentos, mas foi inconsistente. Para mim, poderia ter sido mais curta, mais focada e menos dependente de truques narrativos como viagens no tempo. Mesmo assim, é uma boa pedida para fãs que buscam um entretenimento leve e nostálgico no universo Star Trek.

Comentários