Lembranças: Meu Primeiro Videogame, o Atari 2600


Quem me conhece sabe que eu amo videogames. As vezes, jogo menos do que eu gostaria, mas ainda assim continuo curtindo muito esse universo. Por isso, vou escrever tambem um pouco sobre minha vivencia com eles, iniciando com o primeiro, ATARI 2600.
Meu primeiro contato com videogame remonta à infância, quando visitei a casa de minha prima Viviane. Naquela época, ela e seu namorado tinham adquirido em conjunto um icônico ATARI 2600, fabricado pela Polyvox. Esse console de videogame era compartilhado entre as duas casas, gerando competições acirradas entre a garotada ansiosa para jogar títulos como Pitfall, River Raid e Enduro. Recordo-me vagamente da presença de outros jogos, como Cosmic Ark e Keystone Kapers, mas minha memória é um tanto nebulosa quanto a isso.

Esse contato inicial com o mundo dos videogames marcou minha infância, já que foi meu primeiro vislumbre desse mundo. Mas era obvio que seria apenas o primeiro capitulo desse livro. Até que, em uma data provável por volta de 1987 ou 1988, recebi um ATARI 2600 como presente de aniversário de minha mãe. Esse console veio acompanhado do famoso jogo de corrida da Activision, Enduro, e a diversão foi imensa.

Apesar de eu jogar predominantemente em uma televisão preto e branco naquela época, isso não diminuía em nada o prazer que sentia. Com o tempo, comecei a expandir minha coleção de jogos, adicionando títulos como Pole Position, H.E.R.O., Jungle Hunt, Pac-Man e outros à minha prateleira. No entanto, havia uma regra rígida em nossa casa: apenas jogos da Polyvox eram permitidos, uma medida adotada para evitar possíveis cópias piratas que, segundo minha mãe, poderiam danificar o console.

Essa restrição deu origem a algumas negociações e trocas com amigos, como quando troquei um jogo do Popeye por um jogo chamado Adventure. Para mim, esse jogo se destacou como meu favorito absoluto e desempenhou um papel fundamental na minha jornada nos videogames, abrindo as portas para títulos no estilo Zelda e histórias de aventuras de fantasia medieval.

Na rua, quando a turma se reunia para jogar, surgiam discussões acaloradas sobre qual jogo seria escolhido. A solução era simples: cada jogador poderia selecionar um jogo e, quando suas vidas se esgotassem, passaria a vez para o próximo. Entretanto, a minha escolha do jogo Adventure sempre causava alguma controvérsia. Eu acabava aceitando a condição de jogar uma vez a cada cinco rodadas, o que nem sempre agradava aos outros, talvez porque meu passatempo era explorar todos os recantos do jogo, levando todos os objetos para o castelo laranja.

O ATARI 2600 foi o meu primeiro console, e durante o tempo em que o tive, acumulei cerca de 30 jogos diferentes. Mais tarde, decidi doá-lo a uma amiga de minha mãe, quando finalmente parti para novas aventuras no mundo dos videogames com o Bit Systems.

Essa história é um reflexo do início da era dos videogames, com o ATARI 2600 desempenhando um papel crucial em muitas infâncias, incluindo a minha, introduzindo-nos ao emocionante mundo dos jogos eletrônicos.

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