[NES] Teenage Mutant Ninja Turtles


Outro jogo zerado no ultimo mês, o Teenage Mutant Ninja Turtles, ou Tartarugas Ninjas para os íntimos. Meu primeiro e único contato com o jogo foi quando eu o comprei para o Nintendinho. Após um tempo eu enjoei do dito e pedi para um suposto por assim dizer "amigo" trocar e o referido amigo trocou por Choplifter.

Era um cartucho japonês, ou seja, para usar no meu Bit System era necessário um adaptador de cartucho de 60 para 72 pinos. Era relativamente simples usar o tal adaptador, embora irritante pois como o Bit Systems parecia um videocassete, onde o jogo ficava dentro do console, era comum que o adaptador ficasse preso dentro do videogame.

Minhas primeiras impressões sobre o jogo

Para ser sincero, eu nunca fui muito de curtir jogos complicados (e por complicado eu digo difícil). E nem é que Teenage Mutant Ninja Turtles seja difícil (ao menos, não como Battletoads). Mas primeiramente, era um jogo de Nintendo, o que significa que não tem como salvar. Se uma criança queria zerar, teria que sentar e jogar até o fim. E isso era muito difícil visto que além das quedas de energia, sofríamos as quedas de chinelo para largar a TV e ir fazer outra coisa.

Outro ponto é que, embora hoje eu veja ele de outra forma, Teenage Mutant Ninja Turtles era um pouco enjoativo. Essa minha critica é sem cabimento, visto que o jogo possuía um modo onde você controlava a Tartaruga visto de cima como no primeiro jogo do Link, podendo até controlar um tanque, e na vista lateral era possível partir para pancadaria. Além do mais, a história não era apenas salvar uma princesa (no caso, a April). Mas por algum motivo, o jogo era meio maçante para um jovem de 16 anos, o que me leva a infeliz troca por Choplifter.

Minha segunda impressão

Bem, muitas coisas não mudaram em minhas impressões. Ainda acho Teenage Mutant Ninja Turtles difícil. Tudo bem que essa época dificuldade alta era quase um pré requisito para um jogo, mas Tartarugas Ninjas era bem mais difícil do que a média. Achei que eu era um grosso por ter conseguido ir apenas até a primeira fase após a represa, mas vi que a maioria morria ali. Então sou o grosso que conseguiu ir um pouquinho mais além.

Visualmente o jogo até é bonito. O cenário é bonito e colorido, mas ainda falta aquele toque que torna o jogo charmoso. Por exemplo, embora seja da mesma empresa e tenha sido feito alguns anos depois, Teenage Mutant Ninja Turtles 2 é muito mais carismático e chamativo.



As músicas do jogo são ótimas, do tipo que você se lembra pelo resto da vida. Ainda consigo cantar a primeira música quando você está andando pelo mapa e a música da primeira vez que você entra no bueiro (a maior parte da ação se passa ou em bueiros ou dentro dos prédios. Os efeitos sonoros são qualquer coisa, padrão Konami. Já quando uma Tartaruga está prestes a morrer, isso sim, irrita. O som é horrível e só termina ou quando você morre, ou quando você come um teco de pizza.

O jogo Teenage Mutant Ninja Turtles em si

O jogo possui umas sacadas interessantes. Primeiramente, você não tem uma quantidade de vidas. Você possui 4 tartarugas, as Tartarugas Ninjas. Durante o jogo você pode trocar entre elas e assim evitar que elas morram ao acabar a energia de uma. Mas se uma morrer, bau-bau. Restam apenas as outras.

Tirando a possibilidade de manter uma tartaruga viva enquanto usa a outra, existem poucas diferenças entre elas. Cada uma possui uma arma, mas para mim isso pouco impacta na jogabilidade do game. Entretanto, existem itens que surgem durante o jogo que possibilita uma arma extra de uso limitado para a tartaruga que pegar. É ótimo para guardar para usar contra os chefões.



O enredo começa previsível: A jornalista April foi sequestrada. O jogador começa controlando uma tartaruga em uma visão Top-Down e precisa entrar nos bueiros ou entrar nos prédios em busca da coitada. Claro que nenhum dos dois tipos de lugares são livres de inimigos, então é ali que a pancadaria começa.

Mas para a surpresa geral, isso era apenas uma distração. Enquanto as tartarugas estavam empenhadas em salvar a April, os inimigos estavam colocando bombas na represa da cidade. O tempo é escasso e cabe as tartarugas ninjas, mutantes e adolescentes desarmar elas. É uma tarefa árdua, visto que além das bombas, existem raios laser espalhados pela represa, bem como plantas-elétricas (?).

Como o dia das tartarugas não terminou, resolveram sequestrar o Mestre Splinter é sequestrado, pois Sequestro é matéria obrigatória no primeiro ano de qualquer boa faculdade vilanesca. Cabe a quem sobrou do grupo ir salvar a o querido mestre.



Finalmente é hora de invadir o covil dos vilões, mais conhecido como Tecnodromo e tirar a prova cara a cara com o Destruidor (ou Demolidor, sei lá, vilão de cartoon dos anos 80 tinham todos nomes semelhantes).

Com isso, as tartarugas salvam a cidade, a April, o Mestre que vira humano no fim do jogo. E todos estão felizes o suficiente para festejarem com pizza sem se preocuparem com o colesterol.

Considerações e legados

Bem, como o jogo é difícil, nem preciso dizer que ele foi zerado com o auxilio de Saves States. Não me orgulho, mas já estou muito velho para ficar com bolhas nos dedos. Ainda assim, o jogo é bem feito embora não seja bem feito o suficiente para dar saudades. Para mim, valeu muito mais pelas lembranças do que pelo jogo em si.

Teenage Mutant Ninja Turtles foi pelo menos a porta de entrada das tartarugas no mundo dos games, o que abriu espaço para a continuação baseada no jogo do Arcade que fazia muito sucesso na época. E hoje, elas estão de volta no lindão Teenage Mutant Ninja Turtles: Shredder's Revenge.

Apenas uma curiosidade, ela foi publicada nos EUA pela softhouse Ultra Games. A Ultra Games era só um nome fantasia da Konami nos States para poder publicar mais do que cinco títulos por ano lá, uma limitação imposta pela Nintendo na tentativa de impedir que empresas lancem qualquer titulo ruim e produza um novo Crash como o de 83.







Comentários